Reflexões compartilhadas

Você está convidado a visitar esta forma de compartilhar um pouco do meu pensamento. Volte sempre que quiser, e não deixe de declarar suas concordâncias e discordâncias, com relação aos meus pontos de vista.

sábado, 13 de novembro de 2010

Goiania

Ainda daqui de Goiania quero expressar a minha surpresa com essa cidade. Claro, tanto quanto Brasília, trata-se de uma cidade quente, que faz com que o sol inclemente nos obrigue a se esconder nas sombras das árvores, ou dentro dos agradáveis Shoppings, como o Flamboyant, próximo ao Hotel em que fiquei.
Aliás, dentre as diverass surpresas que esta viagem me trouxe, uma delas foi justamente a arborização da cidade. Menos do que Belo Horizonte, e muito menos do que a minha Porto Alegre, claro, mas muito para uma cidade no meio do cerrado.
Junto com a arborização, a surpresa de encontrar vários parques, como o próprio parque Flamboyant, às costas do meu hotel, e próximo ao local do congresso que vim participar. Sim, o IV Congresso Internacional sobre a Saúde Mental no Trabalho.
Temas interessantes, discussões atuais, mas em geral bastante pesadas, como por exemplo o suicídio que ocorre dentro do local de trabalho. Pra que eu pudesse manter a minha sanidade enquanto estive aqui discutindo estes temas, só mesmo me socorrendo dos shopping, dos parques, das árvores.
Outros pontos interessantes na cidade são por exemplo o fato de praticamente inexistirem pichações, (praga das cidades grandes), e o fato de que as ruas são muito limpas, mesmo nas regiões centrais. Até alguns anos, nós portoalegrenses festejávamos  estes mesmos fatos. Hoje, convivemos com pichações em todos os lugares e ruas sujas e mal cuidadas. Triste.
O plano diretor de Goiânia também permite que diversos prédios residenciais e comerciais tenham mais de 40 andares. E se destacam na paisagem da cidade.
Mas a maior surpresa que esta passagem por Goiânia me reservou foi participar de uma reunião da CONAJE. Sim, a Confederação Nacional de Jovens Empresários, da qual fui conselheiro lá nos primeiros anos deste milênio, e vice-presidente em 2003 e 2004. Convidado pelo Lúcio Prado, atual presidente da FAjeRS - Federação das Associações de Jovens Empresários do Rio Grande do Sul, que eu tive a honra de presidir de 2001 a 2004, estive presente na parte final da Reunião Ordinária da Confederação aqui nestas bandas.
Percebi que o tempo passa, as pessoas mudam, a estrutura aumenta, claro, a organização também, mas a preocupação e os temas discutidos permanecem. Como trabalhar pelo empreendedorismo em nosso Brasil ? Como impedir o aumento desenfreado da carga tributária, como se quer fazer agora com a ressurreição da CPMF ? Como fazer com que as idéias discutidas dentro das Associações de Jovens Empresários de todo o país tenham a repercussão que merecem ? E como custear o movimento de jovens empresários ?
Entre outros pontos, estes foram discutidos. E ao serem discutidos, me vi, em alguns flashbacks lá no ano de 2001, aqui mesmo em Goias, mas em Padre Bernardo, quando participei pela primeira vez do planejamento estratégico da CONAJE, e vi todos estes temas surgirem no Flip Chart.
A vida é mesmo uma caixinha de surpresas.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

E agora ?

Hoje, dia 1 de novembro de 2010, e o começo de um novo momento para o Brasil. Um momento que segue a era Lula, período de mais de 8 anos e que um dos presidentes com a maior popularidade do Brasil exerceu o seu comando sobre o poder executivo do país. Inegável que a sua forma de comunicar as ações obteve um sucesso muito acentuado, pois não é comum um governo em final do segundo mandato ter o nível de aprovação que este atual governo possui. Mas inegável também o fato de que muitos dos assuntos que historicamente assombram os brasileiros continuam intocados, e ainda com potencial destrutivo muito grande. Pode-se nominar a reforma política, a reforma da previdência e a reforma tributária. Este governo com os índices de aprovação que  teve, não foi capaz de aproveitar esta onda de popularidade e trabalhar mais a fundo com estes temas recorrentes e de fundamental importância se pensamos no futuro de médio e longo prazo do país. E agora, que está eleita a primeira presidente mulher, Dilma, mas com uma votação bem mais abaixo do que a de seu antecessor, e que tem a sua popularidade baseada primordialmente do que foi transferido pelo seu padrinhho político, o presidente Lula ? Como fica a condição para endereçar estes problemas de fato fundamentais ? Até que ponto este nvo governo conseguirá vencer a tentação do discurso populista e trabalhar para não apenas dar o Bolsa Família para as pessoas necessitadas, mas de fato criar condições para que elas, no menor tempo possível possam deixar de utilizar este benefício ? Até que ponto este novo governo, que chega ainda surfando na onda da popularidade do presidente Lula, não irá cair na tentação de uma guinada mais à esquerda, passando a utilizar-se de ferramentas que levem a diminuição do direito de propriedade ou da liberdade de expressão, seja individual, seja dos orgãos de imprensa ?
Estas são perguntas que ficam aguardando para serem respondidas, e que o serão, certamente, nos próximos anos.
Resta agora a esperança de que o novo momento possa trazer construção e desenvolvimento para este país, que vem evoluindo gradativamente, frente às reformas e estabilização da moeda feitos anteriormente, mas que ainda tem um longo caminho a percorrer para que possa ser chamado de desenvolvido, longo caminho esse que começa de fato pela educação.