Reflexões compartilhadas

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

As empresas aéreas do Brasil

É verdade que já faz tempo que não temos no Brasil uma empresa aérea com a grife, a respeitabilidade, a reputação e o reconhecimento que a antiga VARIG tinha. A antiga mesmo, porque a VARIG que estava voando antes do encerramento das suas atividades não era a mesma coisa. Tive oportunidade de viajar muitas vezes pela VARIG em seus aureos tempos, tempos estes de talheres de prata nas refeições a bordo, algo inimaginável nos vôos domésticos dos dias de hoje. Mas ela sofreu a decadência imposta àquelas gigantes empresas que acabam não ajustando os seus processos de gestão, e não se reorganizam em função das novas tendências mundiais.
E quem é a sucessora da VARIG ? Podemos dizer que nenhuma, pois ela é inigualável, e sua marca no tempo permanecerá para sempre como benchmark para todos nós. Talvez. E acredito que hoje não temos no Brasil, de fato, uma empresa aérea que remotamente lembre o que um dia foi esta potência aérea gaúcha,
Entretanto, em função de minhas atividades profissionais, venho tendo oportunidade de viajar nas principais empresas aéreas brasileiras da atualidade. Posso comparar os serviços destas empresas, os aviões utilizados, o espaço entre assentos, e a pontualidade.
Quando se pensa numa avaliação geral, o primeiro ponto negativo fica para a Gol. Lembro dos primeiros vôos dela, com um atendimento de fato diferenciado, com os funcionários de brilho nos olhos, e com uma informalidade que deixava a viagem de avião mais natural. Mas tudo isso se foi. Hoje, ela é uma empresa aérea como qualquer outra, semelhante a TAM, com seus pontos positivos e negativos. A TAM ainda oferece em alguns de seus vôos domésticos uma alimentação um pouco melhor, o que pode ser bom, apesar de sabermos que qualquer comida de bordo não pode ser comparada a uma refeição decente.
Mas a surpresa que chegou, para mim foi a Azul. Empresa que chegou com a experiência de seu fundador, que já teve outros vôos em companhias aéreas do norte do continente, e que com seus erros e acertos, trouxe de fato um modelo diferente para o nosso país. Aviões modernos, com um espaçamento de assentos muito bom, que torna a viagem bastante confortável. Também com um atendimento muito bom, e com funcionários diferenciados, no que se refere a relação com os clientes.
Talvez, se a Azul tivesse seu Hub no Rio de Janeiro, como chegou a  cogitar, já tivesse dominado uma fatia maior de mercado do que conseguiu até agora. Mas não tem tempo para crescer. E espero que possa fazer isso de forma gradual, consistente, e que ao crescer não se torne novamente apenas mais uma companhia aérea no Brasil, mas que continue mantendo o padrão de qualidade e atendimento que vem tendo nos dias de hoje.
O Brasil precisa de uma empresa aérea melhor. Talvez a Azul não seja a sucessora da VARIG, mas com certeza está trazendo algo novo para os ares de nosso país.

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