Reflexões compartilhadas

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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Abertura do Congresso Mundial e Forum Internacional de Administracao

Com informações do site do CONSUMIDOR RS, que está aqui conosco cobrindo o evento, apresento as primeiras novidades. (http://www.consumidorrs.com.br/rs2/inicial.php?imgm=n&case=2&idnot=18414)


Abertura oficial do VII Congresso Mundial de Administração e XII FIA, em Torino, Itália
Novas propostas para o 'O Mundo do Trabalho: Uma Visão Prospectiva da Administração'

Na última segunda (11.10), ocorreu a abertura oficial do VII Congresso Mundial de Administração e XII Fórum Internacional de Administração (FIA), com o tema “O Mundo do Trabalho: Uma Visão Prospectiva da Administração”. Participaram da mesa de abertura o Econ. Antonio Graziosi, Diretor de Formação do Centro Internacional de Formação da Organização Internacional do Trabalho - CIF/OIT, Itália; o Lic. Oscar Mena Redondo, Presidente da Organização Latinoamericana de Administração – OLA, Costa Rica; o Prof. Dr. Sergio Bortolani, Presidente da Facoltà di Economia - Università Degli Studi di Torino, Itália; o Adm. Sebastião Luiz de Mello, Presidente do Conselho Federal de Administração - CFA, Brasil; a Adm. Cláudia Stadtlober, Presidente do Conselho de Administração do Rio Grande do Sul – CRA-RS, Brasil.
Segundo Sergio Bortolani, a Faculdade de Torino é a mais antiga da Europa, sendo fundada em 1404. O interesse na promoção do Congresso recai no fato da participação da Universidade no processo de Bologna, que permitirá um acesso diferenciado no mercado de trabalho. Para tanto, a Faculdade de Economia da Universidade de Torino oferece uma série de ações e promove parcerias com diversos países, incluindo o Brasil e a Argentina, na América Latina. “Tenho certeza que o Congresso, dedicado a um tema central para a economia como um todo, irá enriquecer nossos conhecimentos e dará respostas concretas para enfrentar esse grande problema em nível mundial, que é o trabalho”.
Acrescentando a questão, Sebastião Luiz de Mello comentou que, neste ano, o Congresso visa trazer uma nova perspectiva para o Mundo do Trabalho. Nesse sentido, é necessário exigir que as empresas eliminem de suas práticas o trabalho escravo, bem como o trabalho infantil, práticas que prejudicam o desenvolvimento sustentável. O assedio moral é outra prática que necessita ser discutida. Muitos países possuem legislações antigas, que necessitam de reformulações. A desaceleração da economia mundial pode ocasionar uma crise nos países do G-20. No entanto, o crescimento atual não será suficiente para suplantar a necessidade dos empregos necessários. Dessa forma, a geração de empregos não é suficiente, é preciso ir mais além e construir um trabalho de modo decente. “Esperamos que os administradores possam refletir e repensar as relações de trabalho”, pontou.
Cláudia Stadtlober referiu que o Congresso oferece aos participantes temas emergentes, relevantes, no contexto do trabalho, trazendo um contexto de construções dialéticas de grande valia em mundo que certezas já não existem, que exige uma contínua aprendizagem a fim de oferecer a busca de novas práticas. Assim, os temas tratados no Congresso foram definidos para trazer inquietação, que poderá levar ao movimento e às transformações, gerando uma Administração mais sólida e dirigida a organizações eficazes.
Wagner Siqueira abordou que é necessário levar as pessoas a interpretarem e agirem. Uma visão mais atenta da história revela que as teorias das organizações são restritas e estreitas para comportar as várias formas de trabalho e de mercado existentes na atualidade. Tais teorias não podem ser re-editadas, repetidas, sendo importante e urgente encontrar novos rumos e caminhos. Como ferramentas, prestaram, prestam e prestarão ainda por muito tempo. Contudo, o significado humano está muito acima de valores apregoados por essas teorias. Em certa medida, essas teorias são eticamente incorretas ao priorizarem os aspectos financeiros em detrimento dos humanos, sendo necessário re-editar a ética subjacente a essas teorias. Assim, o Congresso vem a apresentar um repensar das teorias que embasaram historicamente os processos de trabalho.
De acordo com Oscar Mesa Redondo, os integrantes da Organização Latinoamericana de Administração sonham com eventos dessa natureza, que fortalecem o papel central do administrador. Pois, acreditam que o administrador deva participar, direta e indiretamente, das economias das organizações. Além disso, os administradores devem atuar como um agente de transformação, compartilhando a formação das organizações. “As organizações e as economias avançam de forma tecnológica, econômica e financeira. Por isso, as políticas econômicas, ambientais e tecnológicas precisam de novos modelos e novas formas de direções. Para isso, o Mundo do Trabalho deve estar diariamente em discussão. Todos os países latinoamericanos devem trabalhar em conjunto”.
Finalizando a abertura oficial do Congresso e iniciando com a conferência “A Geração de Trabalho Decente x Crescimento Econômico Sustentável”, o conceito de trabalho decente foi comentado por Antonio Graziosi. Segundo o especialista, o termo foi criado recentemente pela OIT e ainda é pouco difundido. Por isso, torna-se necessário uma maior difusão do tema no âmbito das organizações, espaço oportunizado pelo Congresso. O objetivo da OIT, tendo como agenda o trabalho decente, é desenvolver oportunidades para que homens e mulheres possam manter um trabalho produtivo e de qualidade, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade humana.
Mediante a esse enfoque, Graziosi comentou que a OIT compreende como trabalho de qualidade aquele que o trabalhador tenha proteção enquanto trabalhe e quando saia do trabalho. Com esse enfoque, a OIT possui uma estruturação tripartite, na qual representantes governamentais, empregadores e entidades representantes dos trabalhadores participam de igual modo, na prerrogativa de que as melhorias sociais no âmbito do trabalho são resultados de consensos entre esses diferentes atores. Dessa forma, a OIT promove recomendações, geradas no consenso entre os atores representantes, que são diretrizes para os países membros. Nesse enfoque, a OIT, atualmente, busca a promoção do trabalho decente no contexto da globalização.
Graziosi assim alertou que o trabalho “menos ético” pode gerar lucros imediatos, mas que é importante que se observe que essa forma de trabalho poderá inviabilizar o crescimento econômico e financeiro mundial e dos países em longo prazo, pois é o trabalho que propicia que as famílias possam sair da pobreza e pode gerar o crescimento sustentável dos Estados. “A mensagem da OIT é que a política econômica para ser sustentável tem que conciliar a política econômica e a política social, tem que ser especificamente dirigida à criação de políticas em prol do emprego através do aumento do número de empregos e de investimentos através das políticas fiscais, distributivas e monetárias”, afirmou.
Percebe-se, portanto, que o Congresso desponta-se como um palco para a discussão de novos modelos para o Mundo do Trabalho, priorizando o trabalho decente como uma de suas prerrogativas. A noção que permeia essas discussões é que o crescimento econômico futuro, para que possa ser sustentável após a crise que rege as economias mundiais, deve ser construído com base na proteção ao trabalho e ao trabalhador em suas dimensões sociais. A preocupação que desponta, seja por parte da OIT ou dos Conselhos de Administração que promoveram o Congresso, é a solidificação de novos parâmetros econômico-financeiros para os mercados globalizados, priorizando as políticas sociais como base para a aquisição de economias locais sustentáveis.
Antes da abertura oficial, na parte da manhã, os participantes do Congresso tiveram a oportunidade de realizar um tour para conhecer a cidade de Torino, Itália, onde ocorre a primeira parte do Congresso. Confira, abaixo, fotos da cidade de Torino. 

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