Reflexões compartilhadas

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sábado, 26 de março de 2011

Os prazos e as cobranças

Os prazos e as cobranças




Normalmente na nossa vida vivemos correndo contra o tempo. A cada instante, somos submetidos a limites impostos por nós mesmos ou por outros. As vezes é aquela conta que temos que pagar até um determinado dia, ou aquele trabalho que temos que desenvolver até a semana que vem, ou mesmo aquele novo filme que pegamos pra assistir e que temos que devolver até dali a dois dias.

O brasileiro tem fama de que só se preocupa em realizar as suas tarefas quando os prazos estão praticamente esgotados. Que não procura planejar ao longo do tempo disponível a melhor forma, a melhor estratégia para desenvolver a atividade, de modo a melhor utilizar-se do prazo. Claro que há um pouco de injustiça quando se faz uma afirmação dessas, mas a verdade é que em geral, o brasileiro realmente deixa tudo para a ultima hora, se não for mesmo para o último minuto.

Mas então, será que os prazos e as cobranças são mesmo os vilões da história? Por mais desagradável que seja saber que temos um prazo se esgotando, ou que temos alguém preparado para nos cobrar por uma determinada tarefa, a verdade é que os prazos e as cobranças são uma forma importante de motivação que temos.

Não houvessem os prazos, deixaríamos para realizar aquelas atividades que não gostamos, por mais importantes que fossem, somente quando verdadeiramente estivéssemos dispostos a faze-la. De outro lado, somente estaríamos preocupados com aquelas coisas que gostamos, somente estaríamos fazendo o que achamos agradável, prazeiroso.

Claro que é uma forma bastante discutível de se encarar as coisas, mas a verdade é que se passarmos a aproveitar o fator motivacional que temos, através dos prazos, podemos ter até mesmo um considerável ganho de produtividade. Podemos passar a produzir com mais qualidade e rapidez, se prestarmos atenção nos prazos que temos, organizarmos as nossas tarefas em função disso, e consideramos que estes prazos são uma diferente espécie de aliados que temos para desenvolver nossas tarefas.

Por outro lado, quando sabemos que existe uma pessoa ou grupo de pessoas que estará nos cobrando pela realização de uma tarefa, ou que estará analisando o que fizemos, para verificar o grau de qualidade, a forma como foi desenvolvido o trabalho e seu resultado, com certeza passaremos a desenvolve-lo com muito mais cuidado, interesse e qualidade, do que na situação em que ninguém estará nos cobrando pelo trabalho realizado.

Muitas vezes ao final do desenvolvimento de uma tarefa, pensamos que poderíamos tê-la executado de uma forma mais rápida e de melhor qualidade. Mas se somos nós mesmos a cobrar, as vezes somos por demais exigentes, ou por demais condescendentes, e somente algumas vezes realmente justos conosco mesmos.



As auditorias, as conferências, as análises posteriores, realizadas por pessoas que vem verificar o nosso trabalho, podem ser também um objeto de preocupação, de um certo receio. Mas com certeza podemos encará-las com os olhos de mais uma razão para desenvolvermos logo o nosso trabalho, a nossa atividade, da forma mais rápida e de melhor qualidade com que tivermos condições de atuar.



Procurar ver o lado bom das adversidades ou das coisas que nos desagradam, que nos pressionam, nem sempre é fácil, nem sempre é algo que conseguimos. Mas se pudermos desenvolver esta habilidade, estaremos aproveitando uma grande fonte de energia motivacional, e poderemos estar desenvolvendo um trabalho com diferencial em relação aos nossos concorrentes, sejam eles quem forem.



Sem prazos, sem cobranças, o bicho homem pode acabar sendo um pouco mais próximo de um outro bicho... o bicho preguiça.

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